quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Médico e o Monstro

Numa historinha que já virou motivo de brincadeira entre nós, um querido e cordialíssimo amigo passou por uma situação em que, apesar de continuar querido, mandou a cordialidade para a casa do catso e se transformou num ser cheio de brabeza, sangue nos olhos e faca na caveira (meda!).  Foi coisa que aconteceu e acabou rapidinho e isso só porque ele teve um dia especialmente chato e a aporrinhação funcionou como um gatilho.
No filme do cartaz aí em cima, o que desencadeia a mudança é uma poção.  O cara bebe um negócio e se transforma num ser tosco e sem noção (além de feio por demais da conta). 
Aí eu começo a pensar: qual é a minha poção?  Eu sou o médico que vira monstro de vez em quando, ou sou o monstro disfarçado de médico bonzinho? 
Que eu me lembre, virei uma monstra realmente tosca e sem noção - feia nunca! - duas vezes na vida (claro que os pequenos pitis não contam, néam?) e, apesar de não ter sido bonito de se ver e lembrar, foi libertador. E como foi...
Mesmo assim, me conheço o suficiente para saber que me sinto muito mais confortável bancando a chata e tentando manter as coisas sob controle (bocejo2...).
Mas que é interessante observar como as pessoas se comportam na hora da famosa gota d'água, isso é.
E para você, como funciona?

Bisou,  ;*
(Grrrrrrrrrr)

Um comentário:

  1. Deixe em paz meu coração
    Que ele é um pote até aqui de mágoa
    E qualquer desatenção, faça não
    Pode ser a gota d'água



    Em tirante as pessoas que vivem como se tivesse caído a ultima gota em seu já minúsculo potinho, os ataques intempestivos, inopinados e performatizados por qualquer indivíduo dito normal é bastante interessante de se ver. Claro que estou falando de uma explosão nervosa quando o objeto do ataque não é vc.
    Bem isso tudo é pra dizer que eu como uma moça nascida no meio do século passado, correta e devidamente adestrada a não ter ataques, formada em professora no glorioso Instituto de Educação e principalmente ansiosa por um namoro com os rapazes do Colégio Militar, me continha e continuo a me conter por absoluta inércia e obediência as normas vigentes naquele século. . Quando os sinais dos meus possíveis ataques de pelanca começam a se manifestar, me controlo. Conheço bem, é tudo repetição do sempre.
    Sempre começam a vibrar pelos meus ovários, pulando para o útero prestes a eclodirem, contudo abortam, no fluxo frustrante do meu mutismo.
    Falei do Colégio Militar, pois ainda continuo aguardando o meu cadete que virá montado em um lindo cavalo branco. Por uns momentos , ao me expressar, retornei aqueles idos anos 60.Parece que estou ouvindo “El Reloj” com Lucho Gatica na minha vitrola. Na rua Freto, na Tijuca, onde morava.
    Pois bem!!! Isso tudo é para dizer que gotas d’agua são fundamentais para nossa saúde ou debilidade d’alma. Para nosso equilíbrio emocional. Dependendo se deixamos o pote transbordar ou corremos para “engolir” rapidamente a água que iria transbordar.
    Mas não se iludam!
    Mesmo eu tive meu momento de Chico Buarque.
    Quanto era uma adolescente, por uns momentos, me libertei das amarras xinguei, berrei, e tudo mais que tinha direito. Meu potinho de porcelana inglesa transbordou. Quem era o foco de minha liberação?
    Era o José Carlos que me paquerava e me levava para tomar banana split no Paleta, na Praça Saens Pena.
    Foi quando meu encantamento ruiu, descobri que ele não estudava no Colégio Militar e sim no Orsina da Fonseca.

    Marina da Tijuca

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