Não, eu não curto o Halloween. Acho estranho, acho feio, festinha com uma vibe das piores.
Mas acho meio ridículo e anacrônico quando ouço algumas pessoas dizerem que comemorar esta data é se submeter ao imperialismo ianque.
Bom, gente, vamos por partes.
Se é para ser genuinamente brasileiro, acho melhor correr para a internet, pesquisar bastante as tradições indígenas e celebrar apenas o Quarup, o Parishara e o Tukúi (isso para começo de conversa, porque as festas são muitas).
Porque, pra quem não sabe ou não se lembra, deixa eu contar que as festas, comemorações, comidinhas e danças que hoje reputamos brasileiras foram assimiladas por nós através de nossos ancestrais que vieram, em massa, da Europa e da África, além dos índios que já estavam por aqui.
Alguém aí se sente aculturado por festejar os santos de junho, os ternos de reis, maracatus, carnaval, jongos, ou por celebrar o próprio Natal? Não, né? Então bora deixar de frescura e começar a entender que o Brasil é - e sempre foi e, se Deus quiser, sempre será - um mosaico composto de gente do mundo todo que, consequentemente, traz na bagagem suas histórias e tradições, que podem ser assimiladas, ou não.
Então, se o tal de Halloween é uma moda passageira ou se, daqui a duzentos anos, vai se transformar num Ralouín brasileiríssimo, não cabe a mim, nem a você, decidir. Ainda bem.
No mais, muitas travessuras E gostosuras procê!

Bisou, ;*